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Caso Paula Gomes: defesa tem recurso negado e acusado será julgado por feminicídio, decide Justiça

Caso Paula Gomes: Justiça decide que Jairton Silveira vai a júri popular pelo crime O motoboy Jairton Silveira Bezerra, de 46 anos, acusado de assassinar Paul...

Caso Paula Gomes: defesa tem recurso negado e acusado será julgado por feminicídio, decide Justiça
Caso Paula Gomes: defesa tem recurso negado e acusado será julgado por feminicídio, decide Justiça (Foto: Reprodução)

Caso Paula Gomes: Justiça decide que Jairton Silveira vai a júri popular pelo crime O motoboy Jairton Silveira Bezerra, de 46 anos, acusado de assassinar Paula Gomes da Costa, de 33, teve um recurso negado pela Justiça nesta quarta-feira (12) e deve ser julgado pelo crime de feminicídio. Ainda não há data definida para o julgamento. O advogado James Araujo dos Santos, que responde pelo acusado, entrou com um recurso para que o réu fosse julgado pelo crime de homicídio qualificado e não por feminicídio. Ao g1, ele disse que não tem interesse de se pronunciar sobre o caso. 📲 Participe do canal do g1 AC no WhatsApp Com a decisão da Justiça na última quarta, o réu continua respondendo por feminicídio e o caso será julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco. Em maio deste ano, a primeira audiência de instrução foi adiada. Em junho, o juiz Alesson Braz pronunciou Jairton a júri popular. O acusado vai responder por homicídio simples, classificado como feminicídio, qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima na presença de descendente e em descumprimento de medida protetiva, com animus necandi (intenção de matar), em contexto de violência doméstica. LEIA MAIS: Mulher é assassinada com tiro e marido é preso em flagrante enquanto tentava fugir no AC Com medida protetiva, mulher é assassinada a facada e ex é preso pelo crime no AC Caso Elizete: suspeito de feminicídio tem prisão preventiva decretada no AC Mais de 7 meses após crime, família reveza cuidados com filha que viu mãe ser morta em via pública no AC: 'Justiça' Jairton Silveira Bezerra será julgado pelo crime de feminicídio Reprodução/Facebook Feminicídio Paula foi brutalmente esfaqueada na frente da filha de 6 anos em via pública de Rio Branco, em outubro do ano passado. Em janeiro deste ano, a Justiça recebeu denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC) e, com isso, ele virou réu no processo. Segundo as evidências apresentadas pela polícia e destacadas pelo MP na denúncia, a condição de sexo feminino da vítima foi determinante no crime e, por isso deve ser caracterizado como feminicídio. Jairton, que era gerente em uma loja de tintas da capital acreana, fugiu após o crime. Ele foi casado com Paula por 13 anos e não aceitava o fim do relacionamento. O ex-marido também já tinha agredido a vítima em outras ocasiões, o que fez com ela tivesse conseguido uma medida protetiva contra ele. Paula Gomes da Silva tinha 33 anos e era funcionária de uma clínica odontológica Reprodução/Instagram O acusado se entregou à polícia no dia 6 de novembro na Delegacia de Flagrantes (Defla), em Rio Branco, 10 dias após o crime. Logo em seguida, foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para prestar depoimento. Na mesma manhã, houve a audiência de custódia. Ele teve um pedido de liberdade ou substituição de prisão por medidas cautelares negado em dezembro de 2024. No início de abril deste ano, Bezerra teve negado outro pedido de benefício da Justiça gratuita e exclusão no processo da agravante de que o crime foi cometido na frente da filha do casal. No pedido, a defesa alegou ausência dos requisitos legais para manutenção da prisão. O suspeito também utilizou a filha como argumento, mesmo sendo apontado como o culpado por tirar a vida da mãe dela e fazer com que testemunhasse o crime. Vítima de feminicídio, corpo de Paula Gomes é velado e familiares pedem justiça no AC A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para denunciar casos de violência contra a mulher: (68) 99609-3901 (68) 99611-3224 (68) 99610-4372 (68) 99614-2935 Veja outras formas de denunciar: Polícia Militar - 190: quando a criança está correndo risco imediato; Samu - 192: para pedidos de socorro urgentes; Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres; Qualquer delegacia de polícia; Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel. Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa; Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia; WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008; Ministério Público; Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras). Reveja os telejornais do Acre