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Comunidade Truaru da Cabeceira recebe alevinos para produção autossustentável

Na Truaru da Cabeceira são 24 famílias beneficiadas PMBV A comunidade indígena Truaru da Cabeceira recebeu alevinos nesta semana, por meio do projeto de pisc...

Comunidade Truaru da Cabeceira recebe alevinos para produção autossustentável
Comunidade Truaru da Cabeceira recebe alevinos para produção autossustentável (Foto: Reprodução)

Na Truaru da Cabeceira são 24 famílias beneficiadas PMBV A comunidade indígena Truaru da Cabeceira recebeu alevinos nesta semana, por meio do projeto de piscicultura Moro-Morí. A iniciativa da prefeitura contempla a escavação dos tanques, disponibilizando equipamentos para tratamento e controle da qualidade da água, biometria dos peixes e ração durante todo o ciclo até a despesca, oferecendo condições para que os integrantes deem continuidade à produção. Todas as 17 comunidades indígenas serão atendidas, sendo 13 na região do Baixo São Marcos e 4 na região do Murupu. Na Truaru da Cabeceira são 24 famílias beneficiadas, que recebem capacitação e assistência técnica para compreender as tabelas de alimentação, horários e quantidade de ração, além de análise das condições da água e verificação contínua do crescimento dos peixes. “O diferencial está na participação direta das comunidades", explicou o técnico da SMAAI, Ariosto Aparecido. PMBV O projeto é executado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI). A escavação é feita durante o verão, que é o momento ideal para a preparação dos tanques, garantindo que eles estejam bem estruturados e futuramente, na época do inverno, retenham a água. Segundo o técnico da SMAAI responsável pelas comunidades indígenas, Ariosto Aparecido, a prefeitura fornece os produtos necessários e equipamentos de manejo para a criação dos peixes. “O diferencial está na participação direta das comunidades. Fornecemos a ração e os alevinos, promovendo aprendizado e autonomia aos participantes. O objetivo final é que, com o conhecimento adquirido, ampliem a produção e melhorem o acesso ao peixe, especialmente em locais mais distantes dos rios”, disse. Podemos vender e reinvestir na produção, se tornando uma corrente positiva”, enfatizou Jucinei de Souza. PMBV Produção alimentar e qualidade de vida Jucinei de Souza é o responsável pelo projeto de piscicultura na comunidade Truaru da Cabeceira, além dos projetos de grãos e energia fotovoltaica. Segundo ele, a iniciativa facilita a autossustentabilidade econômica das famílias. “A gente não tem rio próximo para pescar e o projeto de piscicultura feito pela prefeitura só tem trazido benefícios. Agradecemos muito, porque isso melhora nosso dia a dia. Podemos fazer peixe cozido, frito, assado e até a damorida, que é uma comida tradicional nossa. Ainda podemos vender e reinvestir na produção, se tornando uma corrente positiva”, enfatizou. Petronilia Ângelo de 66 anos é uma das beneficiadas e destaca a relevância do Moro-Morí para ela e a família. “É muito importante para mim e para toda comunidade. Não temos onde pescar, pois nosso terreno é bem pequeno. Então, um projeto desses é maravilhoso. A gente agradece a prefeitura por essa oportunidade”, comentou. Petronilia Ângelo diz que a iniciativa é muito importante para a comunidade. PMBV Moro Morí – O nome significa “peixe bom”, em macuxi. A prefeitura trabalha o projeto desde a escavação do tanque de engorda (de 20 x 150 m) em cada comunidade indígena atendida pelo município, com fornecimento, além dos alevinos, também de equipamentos como rede de arrasto, balança, kit reagente, conjunto motor-bomba e ração. Cinco comunidades já fizeram a primeira despesca, retirando cerca de 2 toneladas de peixe em cada tanque. Quando todas as comunidades forem atendidas com o projeto, estima-se produção de 40 toneladas de tambaqui a cada dez meses, melhorando a qualidade nutricional da alimentação e o incremento da renda das famílias envolvidas neste projeto.