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Drones com jatos de água serão usados para tentar minimizar poeira de implosão em São José

Implosão em São José: explosivos são colocados em prédio Marcada para 10h deste domingo (16), a implosão do antigo Hotel Urupema, na região central de S...

Drones com jatos de água serão usados para tentar minimizar poeira de implosão em São José
Drones com jatos de água serão usados para tentar minimizar poeira de implosão em São José (Foto: Reprodução)

Implosão em São José: explosivos são colocados em prédio Marcada para 10h deste domingo (16), a implosão do antigo Hotel Urupema, na região central de São José dos Campos, deve contar com um reforço para amenizar os impactos causados pela ação: o uso de drones para diminuir a poeira. Ao todo, serão utilizados dois 'drones bombeiros', da empresa UAVI, localizada no Parque Tecnológico de São José, como testes. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Ao g1, o diretor da empresa, Victor Mascarenhas, explicou que a intenção é que os drones lancem água e diminuam o impacto na Avenida Nove de Julho. "A expectativa, em resumo, é que esse equipamento, após implodir, vai diminuir a poeira, principalmente porque estamos na [Avenida] 9 de julho, né? Então, isso é uma tentativa, um teste para que possa baixar essa poeira que costuma ter na implosão", citou. Antigo hotel Urupema em São José. Reprodução/Street View Os dois drones, utilizados para combater incêndios, são equipados com mangueira direta, pressurizada, e deve jogar mais de 1 mil litros de água por minuto cada. "Não estou dizendo que vai eliminar a poeira, mas vai abaixar um percentual. Vamos usar dois drones, que são usados para combater incêndio, com mangueira direto, pressurizada, com o máximo poder de água que a gente pode. Vamos jogar bastante água. Essa água não vai eliminar, ela vai ajudar", acrescentou. "O nosso objetivo é usar um drone bombeiro para que possa ajudar ali naquela vizinhança toda, para que sofra menos com a poeira", finalizou. A implosão terá transmissão ao vivo no g1, a partir das 9h40 deste domingo - clique aqui e acompanhe. Engenheiro responsável pela implosão, Manezinho da Implosão explicou que a ideia de usar os drones para diminuir a poeira é algo inédito. Costumeiramente são utilizadas piscinas de plástico com água. "A ideia de usar esses drones é diminuir a poeira gerada pelo impacto dos escombros do prédio na implosão. Os drones vão jogar água no momento da implosão, e isso vai combater a poeira. Serão usados dois drones. É algo inédito em implosões no Brasil e acho que até no mundo", pontuou. Criado no interior de SP, 'drone bombeiro' pode ajudar no combate a incêndios urbanos Divulgação/UAVI A implosão deve acontecer oficialmente a partir das 10h, mas às 9h os moradores dos arredores devem iniciar o processo de evacuação (leia mais abaixo). Para a implosão acontecer com segurança, algumas ruas serão interditadas. Veja abaixo a lista: Avenida Nove de Julho (do Parque Vicentina Aranha à Av. Heitor Villa Lobos); Rua Esperança; Rua Santa Elza; Rua Coronel João Cursino; Rua Major Vaz; Rua Socorro; Rua Itapira; Rua Atibaia; Rua Itatiba; e Rua Serra Negra. Ruas interditadas devido à implosão neste domingo em São José dos Campos Reprodução/TV Vanguarda Implosão Mais de 400 explosivos foram instalados no antigo Hotel Urupema, que será implodido na manhã deste domingo (16), na região central de São José dos Campos (SP). A instalação dos explosivos foi finalizada na manhã deste sábado (15). Ao todo, são 420 unidades que totalizam 50 quilos. Antigo hotel deve ser implodido neste domingo (16) em São José dos Campos Reprodução/Street View “Nós instalamos explosivos nos pilares, que é a estrutura principal. Não existe uma viga de transição significativa, que nos preocupe. Todos os preparativos se revestiram em termos de carregar os pilares e a colocação da tela. São operações que não têm risco nenhum, a tela nenhum momento se usa andaime, qualquer coisa que fique em altura. Uma operação muito tranquila”, explicou Manoel Jorge Diniz Dias, o ‘Manezinho da Implosão’, responsável pela implosão. Além dos explosivos, piscinas plásticas com água foram colocadas no prédio. Elas servem para diminuir o impacto da poeira após a implosão. A expectativa é que o antigo hotel caia ao chão em apenas 6 segundos. Ao todo, serão 9 mil toneladas de entulho. Após a implosão deste domingo, todo o material vai passar por um processo de fragmentação mecanizada – uma espécie de trituração. O trabalho deve acontecer no mesmo local e deve durar um mês. O resíduo que sobrar vai ser reutilizado por uma empresa especializada. Evacuação No comunicado, a Engemak Construtora - empresa responsável pelo prédio do antigo hotel - informou que os moradores devem sair de suas casas até, no máximo, às 9h de domingo. Eles deverão seguir até uma área de isolamento na região, conforme orientações da Defesa Civil. O retorno dos moradores às residências será autorizado após determinação da Defesa Civil, a partir das 10h30. A implosão acontecerá após a emissão de quatro alertas sonoros aos moradores. Veja quais são: 9h: aviso sonoro para indicar a desocupação dos imóveis 9h30: novo aviso para alertar que faltarão 30 minutos para a implosão 9h55: toque de atenção sinalizando que a implosão vai ocorrer em cinco minutos 9h59: contagem regressiva final para a implosão A recomendação da construtora é que os moradores devem fechar todas as janelas e varandas, além de transportar os animais a um local seguro e não deixar veículos estacionados em ruas bloqueadas. Desmoronamento em segundos O engenheiro de minas, Manoel Jorge Diniz Dias, conhecido como Manezinho, foi contratado para fazer a implosão do antigo hotel. Ele é considerado o principal especialista em implosão no Brasil e esteve à frente de casos icônicos, como, por exemplo, do Carandiru. Além disso, Manezinho comandou a implosão de uma construção abandonada na avenida Tubarão, no bairro Jardim Aquarius, em agosto de 2024. Prédio abandonado é implodido em São José dos Campos Na ocasião, a implosão durou menos de 10 segundos. De acordo com Manezinho, a operação para implodir o antigo hotel será praticamente igual. "A gente sempre trata a operação com muito respeito e cautela. É sempre delicado, mas já fizemos dezenas de vezes. Acreditamos que a implosão deste ano é menos delicada que a do ano passado. O prédio tem uma dimensão menor do que o do ano passado, que era mais encorpado. Mas vamos usar os mesmos métodos e os mesmos protocolos de segurança que fizeram a implosão do ano passado ser bem-sucedida", afirmou em entrevista ao g1. O engenheiro explica que vai tentar diminuir a quantidade de poeira ocasionada pela implosão. "Uma das únicas diferenças deste ano é que vamos tentar diminuir a quantidade de poeira ocasionada no momento da implosão. Vamos tentar uma técnica mais cuidadosa para gerar menos poeira", completou. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina