'Ele ameaçou matar minhas filhas e netos', diz mulher que teve rosto desfigurado após ser espancada pelo companheiro no DF
Homem espanca companheira, desfigura seu rosto e publica vídeos íntimos no DF O Ministério Público do Distrito Federal denunciou o homem suspeito de tentar ...
Homem espanca companheira, desfigura seu rosto e publica vídeos íntimos no DF O Ministério Público do Distrito Federal denunciou o homem suspeito de tentar matar a companheira a socos, dentro de um carro. O caso aconteceu no dia 26 de outubro deste ano, e a vítima se jogou do veículo, em movimento, para fugir do agressor. O homem foi preso no mesmo dia. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. E entrevista para a TV Globo, a vítima contou que o relacionamento do casal era recente (veja vídeo acima). "Ele ameaçou minha filha. De matar minhas duas filhas e meus netos. Iria matar minha filha e minha netinha de 15 dias. E eu fiquei com muito medo, e apavorada com isso", afirma a vítima, que preferiu não se identificar. O suspeito é Nilton Ribeiro, de 45 anos, que espancou a companheira, desfigurou seu rosto e publicou vídeos íntimos dela nas redes sociais, além de ameaçar as filhas e netos da vítima. Denúncia A denúncia do MP diz que o crime foi praticado com requintes de crueldade, ao longo dos 26 quilômetros que o agressor percorreu com a vítima dentro do carro. Ainda segundo a denúncia, o crime foi por motivo torpe, devido o "sentimento possessivo e de ciúmes de Nilton". O Ministério Público também pediu à Justiça, o pagamento de uma multa de R$ 200 mil à vítima. Como foi a agressão Nilton Ribeiro, de 45 anos, espancou a companheira e publicou vídeos íntimos no DF TV Globo/Reprodução Segundo as investigações da 29ª delegacia, o homem buscou a companheira no trabalho, nas primeiras horas da manhã. Durante o trajeto, ele teria iniciado uma discussão, "movido por ciúmes e supostas traições", disse a polícia. O homem passou a agredir a mulher com inúmeros socos no rosto, enquanto conduzia o veículo. A mulher teve o rosto desfigurado, com múltiplas fraturas e sangramento. Ao saltar do veículo, ela foi socorrida por populares e encaminhada em estado gravíssimo para um hospital da região. "Nunca imaginava que ele ia fazer isso comigo. Nunca, nunca, nunca. Agressão não é só porrada, mas agressão verbal. Isso também é uma agressão. Abala seu psicológico, disse a vítima. Homem publica vídeos íntimos Após o ataque, o homem fugiu e utilizou o celular da vítima para divulgar vídeos íntimos dela em grupos de mensagem e redes sociais. "Não passou pela minha cabeça que ele iria jogar fotos minhas, de coisas que eu fiz com ele", diz a vítima. Além disso, ele publicou mensagens humilhantes e ofensivas, e ameaçou agredir familiares da vítima caso o crime fosse denunciado. Agressor estava em liberdade temporária A Polícia Civil constatou que o agressor cumpria pena em regime semiaberto no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) e estava em liberdade temporária. No mesmo dia da agressão, após retornar à unidade prisional, ele foi autuado em flagrante. A polícia também apreendeu o carro utilizado por ele e o celular da vítima, que estava escondido no quarto do autor. "O agressor apresentava lesões nas mãos compatíveis com as agressões desferidas", disse a corporação. Ficha criminal O agressor possui extensa ficha criminal, com passagens por: lesão corporal; ameaça; injúria; cárcere privado; tentativa anterior de feminicídio; crimes de violência contra a mulher. Como denunciar violência contra mulher Violência contra mulher: como pedir ajuda Veja onde denunciar casos de violência contra a mulher: pelo número 190 da Polícia Militar em caso de emergência; pelo número 197 ou pela delegacia eletrônica (clique aqui) da Polícia Civil; em qualquer delegacia de polícia ou nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam); pelo número 129 da Central de Atendimento da Defensoria Pública — com dígito exclusivo para atendimento de mulheres em situação de violência. Medidas protetivas As mulheres não necessitam de um fato que é considerado crime para solicitar uma medida protetiva. 🔎 Ciúme excessivo, perseguição ou controle de patrimônio, por exemplo, já são situações em que a mulher pode solicitar a proteção. Segundo o Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), a medida protetiva pode ser solicitada através da Polícia Civil: na delegacia mais próxima, na Delegacia da Mulher, pelo site da Delegacia Eletrônica, ou pelo número 197. A autoridade policial registrará o pedido e irá remetê-lo ao juiz(a), que deverá apreciar este requerimento em até 48 horas. 👉 Caso a medida protetiva concedida não cesse as agressões ou ameaças, a mulher pode solicitar outras medidas protetivas mais adequadas, bem como denunciar o descumprimento da medida. O descumprimento é configurado crime. LEIA TAMBÉM: FORAGIDO MAIS ANTIGO DO DF: Preso 25 anos após homicídio vai a júri popular nesta terça SÃO SEBASTIÃO: Homem é preso após tentar estuprar adolescente de 15 anos no DF Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.