'Sinal grave da impunidade', diz Silvio Mendes sobre relatório da CPI da Dívida que negou 'rombo' de R$ 3,6 bi
'Sinal grave da impunidade', diz Silvio Mendes sobre relatório da CPI da Dívida "Sinal grave da impunidade", afirmou o prefeito de Teresina, Silvio Mendes, ne...
'Sinal grave da impunidade', diz Silvio Mendes sobre relatório da CPI da Dívida "Sinal grave da impunidade", afirmou o prefeito de Teresina, Silvio Mendes, nesta quinta-feira (13), sobre o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida negou que haja um "rombo" de R$ 3,6 bilhões deixado pela gestão anterior da Prefeitura de Teresina. "Tem uma afirmação que eu gosto muito, que diz que quando o denunciado vira denunciante é um sinal grave da impunidade, e eu não permito isso porque sou gestor público por delegação da população de Teresina", declarou Silvio. LEIA TAMBÉM: Câmara aprova projeto que obriga carteira de vacinação para matrícula de alunos em Teresina O prefeito afirmou que as contas do ex-prefeito, Dr. Pessoa, foram reprovadas pelo Tribunal de Contas (TCE) e pela Câmara Municipal de Teresina (CMT), e que a Justiça determinou recentemente membros da gestão passada. "Vamos processar o Tribunal de Contas, que, de forma ilegal, desaprovou as contas. Vamos processar o juiz, os policiais e quem mais prendeu os membros da gestão passada, porque fizeram um fato ilegal. E vamos pedir à Câmara que reconsidere a reprovação das contas, porque eles reprovaram", ironizou Silvio Mendes. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Silvio afirmou que metade da dívida deixada pela gestão de Dr. Pessoa foi fruto de empréstimos bancários. "Só com o Banco do Brasil são R$ 620 milhões. A prefeitura paga mais de R$ 1 milhão por dia de juros. Procuramos o banco e renegociamos a dívida e os juros", disse. 'Despesas correntes' Segundo o presidente da CPI na Câmara de Teresina, vereador Dudu (PT), as dívidas denunciadas como "rombo" pelo prefeito Silvio Mendes (União Brasil) são despesas correntes do município. "Em nenhuma despesa corrente da Prefeitura houve pedido de tomada de contas especial. Nem na educação, nem na saúde e nem em nenhum outro órgão expressivo", disse o vereador. 💰 Tomada de contas especial é um procedimento administrativo usado para apurar responsabilidade por danos aos cofres públicos e tentar recuperar os valores. No entanto, Dudu afirmou que a comissão identificou indícios de irregularidades nas contas da gestão anterior, como na compra de terrenos com dinheiro dos empréstimos do Banco do Brasil — que, somados, totalizaram R$ 720 milhões. O presidente da CPI citou o exemplo do Hospital da Mulher, cuja construção foi anunciada em 2022. De acordo com o vereador, o terreno no qual as obras foram feitas valia R$ 2 milhões, mas foi comprado por R$ 16 milhões. Dudu mencionou ainda a bacia da galeria da Avenida Maranhão, na Zona Sul da capital. O relatório afirmou que o IPTU do terreno, embora esteja escriturado em R$ 7 milhões, é pago por R$ 72 mil — 1% do valor. "Foram duas avaliações de terrenos feitas em caráter privado, não teve nenhum avaliador da Prefeitura. Por que não se remeteu uma avaliação dessa envergadura para a Caixa Econômica, por exemplo?", questionou o petista. Após a aprovação dentro da própria comissão, o relatório será lido no plenário da Câmara de Teresina antes de ser entregue à Prefeitura e aos órgãos de controle. Além da Prefeitura, cinco órgãos diferentes receberão o documento: Ministério Público do Piauí, Ministério Público Federal, Tribunal de Contas do Piauí, Tribunal de Contas da União e Ordem dos Advogados do Brasil. CPI da Dívida nega 'rombo' de R$ 3,6 bi na Prefeitura de Teresina Depoimentos da comissão A CPI da Dívida foi instalada em junho e convocou, ao longo de quatro meses, ex-secretários da gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD) e secretários do atual prefeito Silvio Mendes. A participação dos prefeitos foi especulada, mas eles não prestaram depoimento na comissão. O ex-vice-prefeito Robert Rios (MDB) denunciou que o filho de Dr. Pessoa, João Duarte, determinava quais empresas deveriam ser pagas pela Prefeitura de Teresina. João e o ex-secretário de Planejamento, João Henrique Sousa, negaram qualquer tipo de irregularidade. Os seis secretários que administraram a pasta de Finanças na gestão anterior foram convocados. A última delas, Mônica Brito, que ocupou a secretaria por duas semanas, alegou que o bloqueio das contas municipais imposto pelo TCE dificultou os pagamentos. Entre os convocados da gestão atual, o secretário de Finanças Edgar Carneiro declarou que a Prefeitura de Teresina gastava cerca de R$ 25 milhões para pagar empréstimos feitos por Dr. Pessoa. Por outro lado, o secretário de Planejamento, Marco Antônio Ayres, afirmou que o déficit projetado para 2025 foi reduzido em R$ 187 milhões. VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube