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Correios enfrentam dificuldade para conseguir empréstimo e planejam demitir 10 mil funcionários

Correios enfrentam dificuldade pra conseguir empréstimo e planejam demitir 10 mil funcionários Em meio a uma grave crise financeira, os Correios enfrentam dif...

Correios enfrentam dificuldade para conseguir empréstimo e planejam demitir 10 mil funcionários
Correios enfrentam dificuldade para conseguir empréstimo e planejam demitir 10 mil funcionários (Foto: Reprodução)

Correios enfrentam dificuldade pra conseguir empréstimo e planejam demitir 10 mil funcionários Em meio a uma grave crise financeira, os Correios enfrentam dificuldades para conseguir um empréstimo de R$ 10 bilhões e planejam demitir pelo menos dez mil funcionários. A busca por empréstimos foi anunciada há um mês como tentativa de sanar as dificuldades financeiras da estatal. R$ 20 bilhões com garantias do Tesouro Nacional. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, a primeira rodada de negociação com um consórcio de bancos empacou: a taxa de juros cobrada pelos bancos foi considerada muito alta e implicaria custo anual de R$3 bilhões só de juros. Sem conseguir fechar as contas, a estatal corre contra o tempo: abriu nova rodada de negociações. Agora, para tentar levantar R$ 10 bilhões em quinze dias e ampliou o leque de bancos a serem consultados. Esse empréstimo é crucial para cobrir o caixa, pagar dívidas e contas atrasadas e tentar reestruturar a empresa. Não é de hoje que os Correios operam no vermelho com resultados negativos seguidos desde 2022. No acumulado do primeiro semestre de 2025, o prejuízo passou de R$ 4 bilhões. A receita despencou: prestação de serviços encolheu R$ 1 bilhão. Despesas administrativas, como salários e precatórios, cresceram quase um R$ 1, 5 bilhão na comparação com 2024. E tem mais, sem dinheiro, a estatal descumpriu uma cláusula contratual de empréstimo anterior, o que encareceu ainda mais os juros. Foi feito um aditivo a esse contrato, em condição desvantajosa, elevando as despesas em mais de R$ 40 milhões de reais. A partir de amanhã, o risco é a estatal ter seus recursos retidos. O economista, associado do FGV Ibre, Armando Castelar, acha difícil conseguir empréstimos, sem antes reestruturar a empresa. Essa ideia de pegar um empréstimo primeiro para depois ver como é que faz pra eliminar o prejuízo é que gera problema. Tem que ter um plano, tem que ter prazo, resultados, medidas que vão ser tomadas para casos esses resultados não aconteçam, pra você acentuar o processo de ajuste. Então precisa ir mais além, a gente já passou um mês e viu nada nessa direção. Procurados, o Governo Federal e os Correios não quiseram se manifestar. Na última quarta, a estatal apresentou ao Tribunal de Contas da União um Plano de Recuperação que, além do empréstimo, inclui a demissão voluntária de pelo menos 10 mil, dos 85 mil funcionários. Correios enfrentam dificuldade para conseguir empréstimo e planejam demitir 10 mil funcionários Reprodução/TV Globo