Polícia investiga se advogado encontrado morto em Higienópolis foi vítima de intoxicação por metanol
Advogado criminalista é encontrado morto após passar mal em rua de Higienópolis, em SP A Polícia Civil de São Paulo investiga se o advogado criminalista Lu...

Advogado criminalista é encontrado morto após passar mal em rua de Higienópolis, em SP A Polícia Civil de São Paulo investiga se o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, encontrado morto na madrugada de quarta-feira (1°), em Higienópolis, região central de São Paulo, foi vítima de intoxicação por metanol. Pouco antes de morrer, ele escreveu em um grupo de amigos do Whatsapp que "tomou metanol". A 00h03 do dia 1º, ele enviou uma mensagem em um grupo de amigos, e depois apagou. A 00h06, ele escreveu: "Desculpe os erros, tomei metanol" A 00h50, a polícia registrou como horário da ocorrência A 1h40, a polícia registrou como horário da morte Segundo o boletim de ocorrência, os policiais militares foram acionados pelo Copom para uma ocorrência na Rua Itambé, 143, Higienópolis. Lá, constatou-se que um homem estava sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Uma pessoa que estava no local disse aos policiais militares que viu o homem passando mal, convulsionando e com dificuldade de respirar, e então acionou a PM e também o Samu. Ele estava sem documento e foi levado para a Santa Casa. De acordo com pessoas próximas, ele foi a um bar de Higienópolis com três amigos comemorar a aprovação da isenção do Imposto de Renda. Os amigos teriam tomado cerveja, e ele whisky. Eles foram embora, e ao pegar um táxi, começou a passar mal. Os amigos estão bem. Questionada, a Secretaria da Segurança Pública diz que investiga a morte e aguarda resultados dos laudos: "O caso é investigado e os resultados dos laudos, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial para contribuir com o esclarecimento da morte." O caso foi registrado como morte súbita pelo 78º Distrito Policial. A Secretaria da Saúde informou que ainda não recebeu notificação sobre esse caso. Quem era Pacheco Pacheco, de 51 anos, era sócio-fundador do Grupo Prerrogativas, coletivo de advogados progressistas que atua em São Paulo e outras capitais. O grupo foi fundado em 2014 e se destacou por defender do ex-deputado federal José Genoino (PT) durante o escândalo do mensalão. Membros do Grupo Prerrogativas afirmaram estar muito abalados com a notícia e descreveram Pacheco como um profissional “solidário, generoso e extremamente inteligente”. O grupo também está prestando apoio à família. "Com profundo pesar, o Grupo Prerrogativas lamenta o falecimento do advogado Dr. Luiz Fernando Pacheco, um de seus membros fundadores. Além de integrar a fundação do Prerrô, Pacheco construiu uma carreira marcada pela dedicação e pela ética na defesa do Direito e das prerrogativas dos advogados, tendo atuado em importantes órgãos e instituições, como Conselheiro Estadual da OAB-SP e vice-presidente do Conselho Deliberativo do IDDD. Neste momento difícil, prestamos nossos mais sinceros sentimentos à família e aos amigos, na certeza que ele segue vivendo no melhor de cada um de nós", diz nota de pesar do grupo. Ele deixou dois filhos, que moravam na Austrália e estão vindo ao Brasil. Luiz Fernando Pacheco é sócio-fundador do Grupo Prerrogativas Reprodução/OAB-SP Advogado Luiz Fernando Pacheco atuou no escândalo do mensalão Reprodução/Prerrogativas Carreira na advocacia Com mais de 30 anos de atuação, Pacheco era reconhecido por sua defesa das prerrogativas da advocacia e do direito de defesa. Ele iniciou a carreira em 1994, no escritório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, onde se tornou sócio em 2000. Em 2013, fundou o escritório Luiz Fernando Pacheco Advogados, especializado em direito penal. “Perdemos um amigo ímpar e um guerreiro do bem. A Ordem está em luto e o melhor que faremos é seguir honrando a luta pelo direito de defesa e das prerrogativas da advocacia, causas que ele abraçou com paixão e ética”, afirmou o presidente da OAB-SP, Leonardo Sica. Na OAB-SP, Pacheco iniciou sua atuação em 2015, como membro da Comissão de Direito Penal e Econômico. Em 2019, passou a integrar a Primeira Turma Julgadora do Conselho de Prerrogativas e se tornou conselheiro estadual. Entre 2021 e 2024, dedicou-se voluntariamente à área penal. Na gestão de Patricia Vanzolini, em 2022, assumiu a presidência da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, colaborando para o fortalecimento da advocacia paulista. Ele também atuava como vice-presidente do Conselho Deliberativo do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e integrou o Conselho Nacional Antidrogas da Presidência da República. Luiz Fernando Pacheco com o presidente Lula Arquivo pessoal